O Nubank é uma das startups mais promissoras do Brasil na atualidade. Com cerca de US$ 330 milhões já captados em investimento, a fintech se tornou o 3º unicórnio brasileiro.
E tudo começou quando um colombiano que vivia nos Estados Unidos enxergou uma oportunidade gigantesca no mercado brasileiro e saiu batendo na porta dos investidores que conhecia com 20 slides na bagagem.
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Foi o que contou o CEO e fundador do Nubank, David Vélez, em painel realizado no ACE Wizard, evento de introdução às turmas de aceleração da ACE.
NUBANK: INOVAÇÃO, IMPACTO E LUTA CONTRA GIGANTES
Mesmo antes do “roxinho” – apelido do cartão de crédito de sua empresa –, Vélez já estava ligado ao mundo das startups, mas do outro lado da mesa: ele trabalhou com a Sequoia Capital, fundo de investimento.
Prospectando o mercado brasileiro de novas empresas, percebeu o potencial para inovação em nosso país.
No entanto, sentia falta de projetos nacionais resolvendo problemas reais da população.“Sentia que, como empreendedor, teria mais impacto em uma economia como o Brasil.”
Enxergou, então, uma boa oportunidade na área financeira, extremamente burocratizada e dominada por grandes players que regulam o mercado.
Não que tenha sido uma decisão fácil. Segundo Vélez, em 2012, o setor era mal visto e as operadoras odiadas pelos clientes.
Além disso, seria necessário criar no público o desejo por seu produto. “Ninguém acorda de manhã e fala: ‘hoje vou comprar um cartão de crédito’”, brincou.
A solução? Inverter a lógica. “Os tradicionais criam um produto e gastam bilhões de reais em marketing. Tentam empurrar para o consumidor, mesmo que não seja bom para ele”, explicou o CEO. “Fizemos o contrário: pensamos o que seria bom para o cliente e desenvolvemos um modelo de negócio em cima disto. Hoje, é um produto que se vende sozinho e os próprios clientes indicam”.
“FÃS DO ROXINHO”
A proximidade com os “fãs do roxinho” e o posicionamento “do bem” também são destaque.
E acabaram virando um alicerce na luta contra os gigantes do mercado financeiro, pois inibem retaliações ou ações em conjunto contra a empresa novata.
Perguntado sobre como o atendimento ao cliente funciona na prática dentro de sua empresa, Vélez disse que foi criada uma relação de partnership e que sua equipe tem metas como tempo de resposta, produtividade e satisfação do cliente. “O grande ponto é tentar balancear várias métricas, não só desempenho ou satisfação”, analisou.
FOCO NO TIME E NA CULTURA INTERNA
O fator multiplicador do sucesso, no entanto, está dentro do próprio Nubank.
“PARA SE TER UM ATENDIMENTO AO CLIENTE BOM, VOCÊ PRECISA TER UMA CULTURA INTERNA AGRADÁVEL PARA QUEM TRABALHA.”
E esta foi uma tecla na qual o convidado bateu diversas vezes, inclusive quando Pedro Waengertner, CEO e fundador da ACE, pediu que listasse algumas dicas que daria ao “David iniciante”: